eclipse, na totalidade da alma e do corpo
eclipse, na totalidade da alma e do corpo,
revolvendo terras e outros entulhos,
os carvões do que há muito foram incenerados
cinza e tremores, de paixões opacas ou mal calculadas
( e há como se calcular paixões?)
esse ser arrebatador que sou enlouquece num corpo,
numa jóia fêmea,
e treme mesmo, sem culpas, mas com dores, encantos
e reflexos de medos
por horas me escondi no sono,
nas carolhas da flor dos que dormem,
quis diluir as monções e os barcos,
os ventanias do novo e do ancestral
continuo montado na flecha do sabor,
nas cochas da dama elevada,
atriz de nenhum papel
sou o homem que não passa,
único no mundo, deixo e levo saudades,
cultuo beijos e marcas,
lençóis terrenos, perfumes e cabelos
eu choro por não te ter, falo comigo,
falo com ela, falo com você
(edu planchêz)
Nenhum comentário:
Postar um comentário