quarta-feira, 27 de julho de 2011

o esqueleto de todas mentiras




Remando no oceano de mercúrio metal,
remando na clarividencia das estrelas arrancadas do céu dos meus dentes

Pisoteando todas as filosofias e filósofos
com essas patas que o sono dos símbolos me deram

Vossas teorias, vos digo, cá estão impressas no rolo do papel higiênco
que acabei de usar

Cuspo em vossos santos, e arreganho as pernas para o diabo das maças entrar
Sou mesmo uma pixação de rua cobrindo todo teu corpo de matéria plástica,
roendo o toco, estraçalhando o osso da demência

Então não venha com seus tratados e pensares decorados,
que os trituradores de minhas palavras virulentas
partirão para a descomposição e para decantação,
não haverá mais sal no mar

Vossa casa construída com os tijolos do sempre silêncio,
há de desmoronar diante desses olhos que são os olhos de todos os que vomitam
a vossa civilização moribunda sobre o esqueleto de todas as mentiras

(edu planchêz)

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