terça-feira, 26 de abril de 2011

Nas camadas pontiagudas



Nas camadas pontiagudas sento-me,
sento-me na escuridão e risco um fósforo em meu próprio braço,
nas asperezas de um de meus rostos...
sua luz quase brasa ilumina a casa,
ilumina as pequenas coisas que juntei durante
toda uma vida

Crescem as tulipas e os cravos, meu compromisso é com o vento,
com as caríssimas árvores,
com aqueles que amam o os piscares da lua

Não me venha com o seu dominante relógio,
com as páginas limpíssimas de seu calendário ditador:
meu sono é sagrado, minha ação é precisa,
no momento que ela tem que ser precisa

(edu planchêz)

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