quarta-feira, 27 de abril de 2011

Um dia a gente some
















Um dia a gente some,
uma noite alguém divulga que não estamos mais no arredores
do planeta,
nas engrenagens do corpo,na sala, no quarto...

E para onde fomos?
Para os pigmentos centrais das carolas das hortências,
para as eflúvios dás águas submersas
nas pedras que foram feitas as estátuas,
paras as carnes das folhas do boldo,

para as raizes das sombrias árvores...

Um dia, aqui não mais estamos,
nossa voz não é mais voz,
nossos pés não são mais pés, e o que restou?
Por não ter a resposta dobro o que aqui foi falado
e atiro nas labaredas de um algo que não sei dizer se é fogo


(edu planchêz)

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