terça-feira, 12 de abril de 2011
nas pontas dos meus dedos
Todo o sol desse dia,
dessa pequena grande manhã se concentra
nas pontas dos meus dedos
para o que não sei dizer se expressar
sem medidas por todas as clareiras subterrâneas
Agraciado seja você que sem nada exigir me ouve
sorvendo os sonhos do sol que escorrem pelas águas
Eu não sou e nem quero ser poeta, porque poeta mesmo
é esse astro príncipe amador,
essa brisa mediúnica que entra pela janela sempre aberta
Eu nada sei dizer diante das descobertas que ainda não fiz,
diante do que é tarde, diante do que é cedo,
diante dos braços estendidos pelos céus
e pelos telhados das casas
E me vou branco e negro cingido pelo carvão
e pelas areias,
pelas penas dos enamorados flamingos
(edu planchêz)
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