domingo, 12 de junho de 2011
Você e eu estivemos em todos os concertos do The Doors
Meu carvalho de diamantes cospe os planetas que doravante circundarão o vosso sol, não haverá meias medidas, meus sonhos e vossos sonhos se encontrarão sob a mais alta montanha do Logos, ficarás sabendo de tudo se estiveres aberta (o) ao máximo diante do que chamas de milagre
É a existência rastejando ao longo de nossas costas, é o anel gigante de cera azul cobrindo nossos seres para o sempre e para o nunca pensado
Você e eu dormimos no bojo do piano de cauda
Você e eu estivemos em todos os concertos do The Doors sem meias e sem luvas, sem querer entender o que dizem essas palavras, nem o que elas não dizem
Compreender é amar o vai e vem das ondas,
é rodopiar nas paletas dos moinhos descritos por Miguel de Cervantes
Meu espantalho de lama sobre por tuas pernas, se agarra em teus pêlos...
e vai além das colunas que nos separaram durante milênios
para nos manjares de tudo que é belo nos afundar um no outro
Se você perdeu a estranheza de ser raio, eu não perdi,
se você perdeu a carruagem do Grande Circo dos Artores, eu não perdi
Perdida e pegajosa geleia de pimenta,
você encontrará abrigo em meu peito de quase um bilhão de gemidos
(edu planchêz)
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